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Definitivamente as Bahamas é uma peça do dramaturgo inglês Martin Crimp, escrita em 1986, para três atores de duas gerações distintas: o casal sexagenário protagonizado por Custódia Gallego e Marques d’Arede, e a estudante galega Cristina Gayoso Rey.

Um casal de reformados, Tita e Gui, casados há décadas, falam-nos na sala de estar da sua casa. O casal aluga um quarto a uma jovem estudante que, de vez em quando, cruza a cena, para pouco mais do que atender o telefone — mas cuja presença põe em causa toda a normalidade que se tenta fabricar na descrição do quotidiano.

Tendo sido originalmente escrita para a rádio, a peça contém uma forte carga irónica e de humor negro, servida por um ritmo vertiginoso e fervilhante. A dinâmica textual entre as personagens convida o espectador a entrar nesta sala de estar, onde, próximo dos protagonistas, fará um trabalho de detective para preencher os vazios que as personagens deixam e compreender que a leveza do tom e a aparente superficialidade podem esconder algo mais preocupante e grave. Apesar de estarmos perante um retrato da morbidez e maldade humanas — às vezes realista, às vezes caricatural —, percebemos tanto pelo que é dito como pelo que não é dito que não podemos descansar sobre a aparência inofensiva das personagens.

Apesar de escrita há mais de 30 anos, encontramos hoje uma relação com o discurso centrado nas questões da migração e dos choques culturais, resultando numa posição excessiva e alarmista sobre a presença do Outro nas nossas vidas — mas, acima de tudo, no nosso discurso e imaginário. A peça ganha agora um significado renovado com a ascensão dos nacionalismos, do populismo e da xenofobia. Apesar de escrita no período em que o Reino Unido era Estado membro da União Europeia e um dos seus pilares importantes, percebe-se que a peça se ergue sobre os mesmos alicerces do pensamento individualista sobre a soberania política que levariam, por exemplo, ao Brexit, mais de três décadas depois da sua estreia.

Ficha Artística e Técnica

De Martin Crimp
Tradução Isabel Lopes
Encenação Ricardo Neves-Neves

Elenco Custódia Gallego, Marques D’Arede e Cristina Gayoso Rey

Coordenação Técnica e Desenho de Luz Cristina Piedade
Caracterização e Cabelos Marco Santos
Art Design José Cruz
Fotografia António Ignês
Vídeo Promocional Eduardo Breda

Produção Culturproject Nuno Pratas
Produção e Direção de Cena Teatro do Eléctrico Sílvia Moura
Difusão José Leite
Coprodução Culturproject, Cineteatro Louletano e Teatro do Eléctrico

Acolhimento Teatro Variedades

O Teatro do Eléctrico é uma estrutura apoiada por República Portuguesa - Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes, Cineteatro Louletano / CM Loulé e CM Lisboa

M12 / 65MIN

Apresentações

Lisboa, Teatro Variedades, 29 NOV '25 a 11 JAN '26
QUA a SÁB às 19H
DOM às 20H

Marinha Grande, Teatro Stephens, 27 MAR '26
SEX às 21H30

Montijo, Cinema-Teatro Joaquim d'Almeida, 28 MAR '26
SÁB às 21H30

Apresentado em:
2025 | Tondela, ACERT - Auditório Carla Torres
2025 | Alcanena, Cine-Teatro São Pedro
2024 | Paredes, Centro Cultural de Paredes
2024 | Albufeira, Auditório Municipal de Albufeira
2024 | Loulé, Cineteatro Louletano
2023 | Açores, Ribeira Grande, Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas

Próximos espectáculos